Um apagão para a história

Ah, o futebol…

Em 2014, após o “7 x 1” e a conquista da Taça em pleno Maracanã, li uma porção de artigos que se propunham a explicar as razões que levaram a Alemanha ao seu tetracampeonato. E foi um tal de “os alemães se reinventaram após o vexame de serem eliminados na fase inicial da Eurocopa-2000”, “o resultado do planejamento”, ” a vitória da frieza germânica”, além de outras explicações baseadas em “metodologia vitoriosa”, “foco”, “excelência” e até “ganharam por que preferiram se isolar em Trancoso, na Bahia, evitando o assédio de torcedores e imprensa”.

Se assim fosse o futebol, simples assim, nunca mais a Alemanha seria derrotada em Copa do Mundo. Bastaria manter a sua fórmula vitoriosa e tudo estaria resolvido, com absoluta precisão. O fim dos bolões!

Entretanto, não foi o que aconteceu na Rússia. E hoje a Alemanha sofreu mais que uma eliminação inédita na primeira fase. Provou a inexatidão e a imprevisibilidade do esporte bretão e acabou humilhada pela Coreia do Sul. Terminou em último lugar no seu grupo – que ainda tinha Suécia e México – e pegou o caminho de volta para Berlim. O projeto de invencibilidade eterna resultou, na prática, em 1 vitória, 2 derrotas e saldo negativo de 2 gols. 

Coube a Son Heung-Min, jogador que passou cinco anos atuando na Bundesliga (Hamburgo e Bayer  Leverkusen), hoje no Tottenham, a tarefa de parafusar a tampa do caixão alemão, na Arena Kazan. Para Silvio Sano, mais uma motivação para colocar o lápis oriental em ação, e deixar registrado o momento histórico! Ah, o futebol…

 

 

 

 

Post Author: infogol

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