Pesquise na internet e veja quantas vezes esse gol é aclamado, em várias línguas e em diversos países, como o “gol perfeito”, “the perfect goal”, o “mais bonito marcado em todas as Copas do Mundo”. Carlos Alberto Torres, o capitão da seleção canarinho tricampeã no México. Era o dia 21 de junho de 1970. Exatos 48 anos atrás.
Oito jogadores participaram do lance, nove passes, cinco dribles, uma roubada de bola e um chute indefensável, cruzado, no canto direito do italiano Albertosi.
Eram 41 minutos do segundo tempo. Brasil 3 a 1, com uma mão e mais alguns dedos na Jules Rimet, para sempre. O infogol não mostra, mas a jogada começa com Antonio Juliano avançando pela direita do ataque, driblando Everaldo. Tostão surge por trás, roubando a bola do atacante da Azzurra. Daí para a frente a bola só fica em pés brasileiros. De Tostão para Piazza. Clodoaldo recebe e toca para Pelé, que empurra para Gérson. Que devolve para Clodoaldo.
“(…) Clodoaldo está com a bola ainda no campo de defesa. Com uma série de dribles e gingando de um lado para o outro, coloca Rivera, Domenghini, De Sisti e Juliano dançando em fila.
Daí, passa para Rivelino que estica para Jairzinho, deslocado na ponta-esquerda. Jair traz a bola para o meio e passa para Pelé, que recebe, gira e a coloca no bico da área, na medida para a chegada de Carlos Alberto. Entrando como um bólido e sem pestanejar, Carlos Alberto lança um foguete que entra no canto direito de Albertosi. É goleada no Azteca! Brasil 4 a 1! O capitão brasileiro deixa a sua marca antes de ir buscar a Jules Rimet na tribuna de honra.”
Campeões, para todo o sempre!